Economia e a Psicologia


Apesar de áreas distintas, economia e psicologia tem pontos de convergências e muitas correlações. Isso tudo porque essas duas ciências conjuntas envolvem o comportamento humano no mercado financeiro.

Nós seres humanos não somos robôs, mas pessoas que não somente carregam a razão para levar a vida. Experiências, emoções e conteúdos são todos misturados e orquestrados no cotidiano de cada um, influenciando nas ações e escolhas das pessoas.

Ao falarmos sobre economia, que envolve diversos pontos a serem estudados (como economia global,  orçamentos, assessorias), o mercado financeiro têm sido um termo cada vez mais popular. Na verdade, com novidades como moedas digitais e o aumento da popularidade sobre investimentos de renda variável, esses assuntos estão atualmente viralizando nas redes sociais e nas conversas de muitos brasileiros. Com isso, queremos nesse artigo falar da real relação que existe entre economia (e mais atrelada ao mercado financeiro) e psicologia (ou comportamento humano).

Segundo um estudo de Charlie Munger, existem vieses emocionais em todo ser humano que levam essas pessoas a tomada de ações com o seu dinheiro que ao invés de as ajudarem só as prejudicam.

Listaremos alguns comportamentos que indicam o quanto as emoções humanas afetam o comportamento das pessoas na hora de investir e gastar seu dinheiro, por mais que haja razão envolvida.

  • Tendência à reciprocidade: a mente humana tem uma propensão a retribuir algo a alguém que o beneficiou. Isso pode ser perigoso, pois podemos “morder a isca” de um vendedor que nos dá um pequeno benefício para vender seu produto que não necessariamente precisamos;
  • Sermos movidos pelo passado: acabamos abandonando às vezes nosso senso analítico do “hoje” por entender que algo deu certo em vezes anteriores, gerando uma autoconfiança de um viés que não necessariamente será a melhor decisão;
  • Influência pelo estresse que sentimos: podemos tomar atitudes financeiras erradas por uma pressão emocional grande. Por exemplo: mudarmos toda nossa estratégia de investimentos porque as bolsas mundiais estão numa recessão histórica, levando assim vendermos numa baixa (o que é extremamente prejudicial a todo investidor);
  • Tendência emotiva do ser humano: o nosso cérebro parece que involuntariamente nos leva a decisões mais emocionais que racionais. Isso acontece muito quando conhecemos intimamente alguém ou alguma situação pessoal de outrem, alterando assim o caminho a ser tomado só porque há ali uma relação sentimental;
  • Figuras de autoridade: por mais que possamos ter uma diretriz financeira bem definida, só porque alguém é famoso ou que tenha autoridade no mercado financeiro diz o contrário, acabamos mudando irracionalmente nossa direção no investimentos. Isso acaba misturando vieses e estratégias, nos levando a lugar nenhum com nosso dinheiro;
  • Influência social: esse ponto é mais conhecido como “Efeito Manada” e ele consiste na mudança de comportamento de alguém só porque a maioria está tomando determinada atitude. Esse viés impede de termos consistência numa estratégia determinada.

Todos esses vieses emocionais listados são muito difíceis de serem eliminados do nosso comportamento diário, pois são intrínsecos da alma humana e também porque nossa mente é muito imprevisível. No entanto, ao conhecê-los, podemos diminuir as chances de praticar esses erros e também criar artimanhas para que não fujamos das nossas estratégias e objetivos financeiros que traçamos. Além deles, há outros comportamentos que reforçam a relação de economia e psicologia.